Marília Calderón

Miolos

Já vi homens (e outros gêneros) fazendo relativo “sucesso” – seja lá o que essa palavra signifique – tocando minhas canções sem referenciar minha autoria e ignorando meus pedidos de crédito. Na época, com sentimentos muito ambíguos em função da “familiaridade” afetiva com as pessoas envolvidas, perdoei, perdoei e perdoei de novo. Mas fiquei deprimida. […]

É guerra?

Sai milênio e entra milênio e serumani fazendo guerra. Só nesse instante, é na Amazônia, nas periferias brasileiras, na Ucrânia, dentro de casa…então bora conversar sobre, que o não dito geralmente explode. Vamos de Freud. Depois da horrível Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações (precursora da ONU) organizou um debate entre intelectuais sobre a […]

Qual rei?

Só o reinício. É o que nos canta Luiz Tatit na canção “O rei”, é o que nos mostra a história (de nossa própria vida inclusive), é o que reconhece o pensamento dialético: só o que não muda é que tudo muda, e está sempre a recomeçar. Mas tudo é muita coisa. Algo permanece, pois […]

Amor

“O amor não é avaliação de escola de samba”. Foi o que escutei, há mais de uma década atrás, de minha primeira analista, quando estava listando qualidades e defeitos de duas pessoas com as quais tinha me envolvido, cobrando-me fazer uma escolha. Lembro-me que, depois do tapa na orelha, saí da sessão com a percepção […]

Quem é o pai?

Em “racismo e sexismo na cultura brasileira”, Lélia Gonzales dá uma rasteira no mito da democracia racial ao colocar no divã uma adolescente neurótica com sintomas graves de racismo. Tal mocinha se chama Cultura Brasileira, a qual aqui carinhosamente apelidarei de Cu para buscar sintetizar, na medida do impossível, o genial artigo de Lélia em […]